Semana passada assisti ao filme O Solista (The Soloist, 2009). Lembro-me de ter visto seu trailer a mais ou menos um ano e me chamou atenção de tal forma que no dia seguinte baixei o filme pela internet. No entanto, até agora estive esperando o momento certo para assisti-lo, como um prato especial que você guarda pra saborear quando está na medida certa da fome.
Bem, a espera valeu a pena. Além de ser lindo, tocante, profundo, possuindo uma fotografia incrível e uma música maravilhosa (amo orquestras de cordas), carrega uma moral surpreendente. A de que, às vezes, lutamos tanto para "consertar" coisas que não estão ao nosso alcance que deixamos de desfrutar as coisas simples e preciosas que já temos. Podemos deixar de viver algumas das mais experiências belas da vida como ter/ser um amigo se não aprendemos a aceitar nossa própria condição de seres impotentes e limitados. Uma vez que, talvez, cheguemos a situações em que tenhamos que escolher entre o ideal (porém inalcançável) e o real (embora defeituoso) e investir com toda nossa energia em amar e zelar pelo que nos é concreto.