Onde está o erro, Deus?
Eu posso ver que há
Pensar no perfeito e entendê-Lo
É mais do que eu posso esperar
Mas se entender não é bem o ponto
E ao mesmo tempo um caminho é
Como saber se estou delirando
Ou se o que vejo é por meio da fé?
Como é que se explica a certeza
Daquilo que o olho não viu
E ao que se compara a grandeza
Do que se não pode medir?
Eu tenho os meus pensamentos
Mas não me fio só na razão
Em partes conheço o percurso
Em outras vou com o coração
Essa sua habilidade de se equilibrar sobre a corda que separa(?) dois mundos é admirável. A impressão que tenho é a de que não há dissociação entre sua fé e sua consciência. Nem cega nem empirista. E é muito bonito ver como isso se reflete na estrutura do texto, erigindo-o solidíssimo; fortemente harmônico. É empolgante ver o trabalho da mão por trás do poema, escolhendo as palavras certas e encaixando-as nos lugares exatos, como se montasse um mosaico, enquanto a corda vai ziguezagueando, alternando-se entre lados opostos que não se anulam: para lá, para cá, para lá, para cá, para lá...
ResponderExcluirBeijos, Maíra. Parabéns por mais esse feito.
Brigada, Vinny. Seu comentário foi mais legal que minha poesia. Bjos.
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