quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vaidades - Parte I

Andando num mundo infestado de clichês ambulantes
Eu olho para um lado e para o outro e não há nada de novo
Estou cansada de dançar a mesma música
E de escutar a ladainha de sempre

Eles falam, falam, sem dizer coisa alguma
Até as pedras fariam mais sentido
Eles só querem e querem, mas não entendem
Outros são os que possuem suas vontades

Observo os que sabem se orgulhando em sua ciência
O que eu queria ver é o que eles fazem com tanto saber
Sem falar dos estúpidos que escolhem a ignorância
Quanto a mim, preferiria ser insana do que um dos tais

Integridade é trocada nos mercados e tem um preço
Num lugar onde coisas valem mais do que homens
E gente se objetifica para não sair perdendo
Dinheiro, poder, aparência - eles clamam.
E dobram-se ante seus deuses.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dentro

Camada por camada vou Te deixando entrar
Abaixando minha guarda e entregando meus escapes
Observo-Te enquanto docemente contornas meus arrodeios
E colocas uma estrada plana bem no meio da minha cidade confusa

È verdade, às vezes, eu receio
Que Teus olhos vejam o que não me orgulha
E que Teu amor seja tão frágil quanto o meu

Mas a Tua mão não vem com peso
Teu favor me convence a abandonar o medo
Tua palavras exalam paz e salvação

Eu vejo a luz, finalmente vejo
É um sorriso que em Ti aflora
É o meu mundo que a Ti retorna
A vida agora pode continuar...

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Única Eperança

Depois de escutar essa música atentamente e "descobrir" que ela não é apenas uma canção romântica bonita (que ficou famosa por causa do filme "Um amor para recordar") comecei a prestar atenção na profundidade de sua letra. Ela fala de alguém que chegou à conclusão de seus planos e suas vontades perderam o sentido, que tudo o que se pode ter não é o suficiente, mas ainda assim se está disposto a entregar TUDO a Ele apenas para Lhe pertencer completamente. E, embora reconheça que na fraqueza da minha carne isso é impossível, não há anelo maior em meu ser. Só porque o Senhor é digno.


"Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele." (Fp 3.7-9a NVI)




Tradução:

Há uma canção dentro da minha alma
Que eu tentei escrever várias e várias vezes
Eu estou acordado no frio infinito
Mas Tu cantas pra mim de novo e de novo

Então eu inclino minha cabeça
Levanto minhas mãos e oro para que eu seja somente Teu
Eu oro para ser somente Teu,
Agora eu sei que Tu és a minha única esperança

Cante pra mim a canção das estrelas
E das Tuas galáxias dançando e rindo e rindo
Quando meus sonhos estiverem distantes
Cante pra mim os planos que Tu tens novamente

Então eu inclino minha cabeça
Levanto minhas mãos e oro para que eu seja somente Teu
Eu oro para ser somente Teu,
Agora eu sei que Tu és a minha única esperança

Eu te dou minha apatia
Eu estou dando tudo de mim
Eu quero a Tua sinfonia
Cantando em tudo o que eu sou
A pleno pulmões eu a devolvo a Ti

Então eu inclino minha cabeça
Levanto minhas mãos e oro para que eu seja somente Teu
Eu oro para ser somente Teu,
Agora eu sei que Tu és a minha única esperança

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sonhei

Já carreguei tantos sonhos...
Já derramei minhas lágrimas a fim de regá-los
Já passei noites em claro a acalentá-los

Já me enganei acreditando que eram reais
Já me peguei sonhando que não sonho mais
Já formulei tantos planos para os alcançar

Imaginei muitos modos de como seria
Eu já vivi em meus sonhos que vida queria
Eu já sonhei e ainda sonho... angústia ou paz?

Eu sonhei tanto em minha vida
Que cada noite e dia
Tudo o que eu mais queria
Era acordar sem desculpas
Para a verdade sem luvas que a vida nos traz

Era enfrentar os meus medos
E superar meus anseios
Era viver os meus erros e aprender a acertar
Pudesse assim abrir minh'alma e deixar entrar a luz

Não importa quão doces sonhos possam ser
Nenhum deles é tão bom quanto apenas viver

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A quem interessar possa

O que adianta entrar nos teus termos
Se a minha mensagem não falar quem sou?
De que aproveita te mostrar vantagens
Se a tua verdade encobre o amor?

Eu não te ofereço barganha alguma
A minha amizade é o teu galardão
Quer andar comigo, fica à vontade
Meu ombro eu garanto, também minha mão

Se sigo sozinho enquanto componho
É com meu espanto que narro a história
Mas quando ao teu lado encontro conforto
Eu teço com sonhos as minhas memórias

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ziguezague

Onde está o erro, Deus?
Eu posso ver que há
Pensar no perfeito e entendê-Lo
É mais do que eu posso esperar

Mas se entender não é bem o ponto
E ao mesmo tempo um caminho é
Como saber se estou delirando
Ou se o que vejo é por meio da fé?

Como é que se explica a certeza
Daquilo que o olho não viu
E ao que se compara a grandeza
Do que se não pode medir?

Eu tenho os meus pensamentos
Mas não me fio só na razão
Em partes conheço o percurso
Em outras vou com o coração

quinta-feira, 14 de abril de 2011

... e humildade

Há algum tempo atrás, escrevi um texto sobre a necessidade de termos coragem para assumir nossas responsabilidades e assim irmos ao encontro da verdade. Nesses últimos dias tenho também confrontado a necessidade de termos coragem para refletir acerca das questões concernentes a nossa fé e espiritualidade. 

E eu reafirmo esses tópicos. Sim, é preciso ter coragem para mexer com idéias, pressupostos e pré-conceitos que estão, muitas vezes, alicerçados em nós desde muito cedo em nossa caminhada com Deus. É preciso ter mais coragem ainda para questionar tradições e assumpções tão entranhadas no seio de nossa teologia cristã/protestante/evangélica que, na maior parte do tempo, não nos damos ao menor trabalho de pensar a respeito.

Mas a verdade é, que se queremos alcançar a Verdade, não basta ter coragem. É preciso também ter humildade. Humildade para reconhecer que nós não somos e nem seremos capazes de compreender todas as coisas. Aliás, muitas vezes não somos capazes sequer de conceber algumas delas. É preciso ter humildade para reconhecer que nosso intelecto é limitado, bem como nossa própria capacidade de analisar e discernir (julgar as coisas). 

Precisamos também ter sempre em mente que a intenção de Deus não é nos elevar a perfeição por meio da  completa elucidação de todos os segredos e mistérios da vida e do universo, mas nos conduzir a um relacionamento pleno e permanente consigo mesmo. Afinal: "Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei." (1Co 13.2).

Honestamente, nós sabemos que não vale a pena continuar buscando conhecimento quando, ao invés de gerar em nós mais compaixão, mais misericórdia e mais amor, ele apenas nos torna arrogantes, nos confunde, nos desanima e nos destrói. Eu não estou dizendo que a verdade não nos confronta ou causa conflitos porque estaria sendo incoerente com o próprio ensino da Palavra. Mas eu acredito que, se nós tivermos um coração sincero e humilde, eu e você seremos capazes de perceber quando nossas motivações estiverem fora do lugar.

"Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação. Os judeus pedem sinais milagrosos, e os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus." (1Co 1.21-24)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Maravilhosa Graça!

"Amazing Grace, how sweet the sound
That saved a wretch like me
I once was lost, but now am found
Was blind, but now I see"

Semana passada assisti ao filme 'Amazing Grace' (2006), em português, 'Jornada pela Liberdade'. Em linhas gerais, trata-se de uma história sobre a campanha contra a escravidão liderada por William Wilberforce, um famoso abolicionista inglês, responsável por levar ao Parlamento Britânico a legislação antiescravagista.

A temática por si só é interessantíssima, mas o que me chamou mais atenção no filme foi forma como ele aborda o entendimento que o protagonista vai formulando acerca da vontade de Deus para sua vida. E mais do que tudo, como esse entendimento movimenta a sua vida não só em prol de uma esperança inabalável, mas também de uma luta concreta para mudar a forma (injusta) como as coisas estão postas.

No princípio do filme, descobrimos um jovem Wilberforce vivenciando a alegria de sua salvação. Em uma das minhas cenas prediletas, ele se senta em um jardim, contemplando os céus, e fala para Deus:  "Meu Deus, sei que isto é completamente ridículo, mas sinto que tenho de me encontrar contigo em segredo." Porém esse momento é também para ele um momento de conflito, pois ele acredita que deve escolher entre fazer o "trabalho" de Deus e o trabalho de ser um ativista político.

É quando, com a ajuda de seus amigos abolicionistas e do próprio John Newton (compositor da famosa canção que dá nome ao filme), seu amigo e antigo tutor, ele percebe que lutar contra a escravidão era seu dever como cristão por causa da posição única em que Deus o havia colocado.

Wilberforce sempre demonstrara um coração sensível quanto a questão da escravidão, mesmo quando esta ainda lhe era uma realidade distante. Ele também possuía a clara compreensão de que diante de Deus todos os homens eram iguais e que a Ele todos pertenciam. De forma que, uma vez confrontado pelos fatos, sua resposta não foi outra senão entregar-se com total paixão a missão Deus havia lhe confiado, em suas próprias palavras: "Deus apresentou-me dois grandes objetivos: A eliminação do comércio de escravos e a reforma da sociedade".

Em uma das mais tocantes cenas do filme, o personagem fala: "África, os teus sofrimentos têm sido um tema que prendeu e ocupou o meu coração. Os teus sofrimentos nenhuma língua consegue exprimir nem partilhar." Me fascina o fato de que ele não está apenas defendendo uma causa justa, ele está empenhando seu coração  em amar e compartilhar a dor dos que doem, ele se dispõe a chorar com os que choram e dar voz aqueles que não a tem.

Isso também me faz pensar em Isaías 58.6-11: "Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente; E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. " E me levar a questionar... não seria  exatamente esse o propósito do evangelho? 


sábado, 9 de abril de 2011

Pensai!

"Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra" Colossenses 3:2

Pensar é bom, eu vos digo amigos, pensem! Mas o pensar por si só não produz nada se as nossas intenções forem apenas abarrotar mais e mais saberes fúteis ou produzir discussões que de nada servem senão para insuflar nossas próprias vaidades. Um pensamento só pode me libertar se ele me coloca em contato com a verdade e a verdade sempre aponta pra Cristo, que é Ele mesmo a Verdade encarnada da parte de Deus pra nós.

É interessantíssimo o modo como a Bíblia aborda essa questão... "E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Rm 12.2). É através de uma mentalidade renovada - permita-me dizer, eu não consigo imaginar uma mente passiva como uma mente renovada - é através desse entendimento renovado que podemos experimentar (vivenciar) a vontade de Deus. Não é através de uma emoção renovada, não é através de uma experiência sobrenatural renovada... é através de uma mente renovada que podemos conhecer e consequentemente viver a vontade de Deus.

Não, eu não estou dizendo que o intelecto é mais importante que nossas emoções, sentimentos, sensações ou o que quer que seja, mas que cada uma de nossas faculdades psíquicas tem sua função no processo de apreensão da revelação do evangelho, revelação essa que é plena e atua sobre TODA a nossa alma e espírito. Com efeito, estou apenas citando o que a Bíblia diz. 

Lembremos-nos que a Palavra também nos ensina: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças." (Mc 12.30). Ora, como poderemos amar a Deus com todo o nosso entendimento se nem sequer o utilizamos completamente (por preguiça talvez?) ou se nos dispomos a pensar sobre toda sorte de coisas, mas quando se trata das coisas que nós comodamente classificamos como "espirituais" simplesmente nos recusamos a tomar tempo para refletir sobre elas. Eu vos pergunto... como podemos amar a Deus com nosso entendimento? Nos recusando a pensar sobre tudo o que diz respeito a Ele, como se a Sua vontade  fosse nos fazer estúpidos ignorantes?

Me parece esse modo de ver as coisas como uma inconsistência com o que a própria Bíblia ensina. Mas eu posso imaginar as origens desse posicionamento para além de nossa própria acomodação pessoal. Historicamente a igreja protestante vem se dividindo entre os que pensam que por pensar estão alcançando a Deus e os que pensam que por não pensar estão O agradando.

Eu fico pensando - sim, se isso é um crime condenem-me agora ou calem-se para sempre.. rs - que o mal todo aí está sim na nossa arrogância. A soberba fundamenta a mentalidade do mundo... "Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo." (1 Jo 2:16). Por isso, compreendo eu, o texto em Romanos 12 nos apresenta esse pensamento do mundo como algo oposto ao entendimento que nos permite ter contato com a vontade de Deus.

É essa mentalidade mundana, impregnada de orgulho e vaidade, que ao se debruçar sobre as Escrituras ou ao refletir sobre as questões concernentes a Deus produz os mais absurdos desvios e manipulações da verdade. É, pois, contra nossa natureza pecaminosa que devemos lutar e não contra a preciosa capacidade que Deus nos concedeu de aplicar todo o nosso entendimento na prazerosa tarefa de amá-Lo e servi-Lo.

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." Filipenses 4:8

quarta-feira, 23 de março de 2011

O Solista

Semana passada assisti ao filme O Solista (The Soloist, 2009). Lembro-me de ter visto seu trailer a mais ou menos um ano e  me chamou atenção de tal forma que no dia seguinte baixei o filme pela internet. No entanto, até agora estive esperando o momento certo para assisti-lo, como um prato especial que você guarda pra saborear quando está na medida certa da fome.

Bem, a espera valeu a pena. Além de ser lindo, tocante, profundo, possuindo uma fotografia incrível e uma música maravilhosa (amo orquestras de cordas), carrega uma moral surpreendente. A de que, às vezes, lutamos tanto para "consertar" coisas que não estão ao nosso alcance que deixamos de desfrutar as coisas simples e preciosas que já temos. Podemos deixar de viver algumas das mais experiências belas da vida como ter/ser um amigo se não aprendemos a aceitar nossa própria condição de seres impotentes e limitados. Uma vez que, talvez, cheguemos a situações em que tenhamos que escolher entre o ideal (porém inalcançável) e o real (embora defeituoso) e investir com toda nossa energia em amar e zelar pelo que nos é concreto.


terça-feira, 15 de março de 2011

Learning how to love

People used to think that fall in love is something out their control, almost irrational. It is true that the science can point several biological and chemical reactions triggered in our bodies and minds as consequence to fall in love. But I believe that we are always responsible for our own feelings. I also believe that there is a big difference between be attracted for someone and be in love.

In my opinion feel attracted can be a biological response but be in love is mostly an emotional reaction. So if our emotions control us we can feel like we have no choice but if we lead our hearts we can be able to decide when and by whom fall in love. Nevertheless, after fall in love we have a huge challenge that is learn how to love this person.

For do that, first of all, we need understanding what love really is. In my experience, the perfect love can be found only in God because He is love. It is His nature. And God’s love is patient, kind, merciful, selfless, it is never jealous or rude, it is not circumstantial but enduring and eternal. So we must try to apply this attributes in all our relationships. It is not easy but it is the best way to have a healthy and full one.

Point taken, the next step to learn how to love it is never supposing that our way to show our feelings is enough to make the other realize it. We need to work hard and be sensitive to get the appropriate “language” to communicate our love in the other person’s perspective.

Watching all these things, it is probably that we will be succeed in making our loved ones happy and this way feel happy ourselves.

* Esse texto foi escrito como atividade do meu curso de inglês. A proposta era discursar sobre a diferença entre se apaixonar e saber como amar.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Deus na estante

Ai de mim se a letra dessa canção já não me causar comoção, não me incomodar, não me fizer pensar. Estava refletindo aqui comigo como somos capazes de nos tornar confortáveis com nosso egoísmo, como somos capazes de suportar e nos acomodar com uma vida "mais ou menos" e ficarmos 'ok' com isso. Não estou enfatizando apenas o ver ou viver coisas "sobrenaturais"... mas como podemos nos adequar a uma vida de entrega limitada ao Senhor, de dedicação parcial. Que mal é esse que existe dentro de nós - seres humanos - que nos faz deturpar o que é puro e tentar manipular o que  é santo? É tão fácil, é tão tênue a linha, somos tão frágeis e suscetíveis a nos perder... a perder as motivações corretas, a desviar nossa fé para um caminho mais confortável. Estamos sempre tão cheios de nós mesmos, possuindo em nosso ventre um poço de orgulho que vez por outra enche e nos impede de ver a pequenez que somos diante da imensidão de Deus! Oh... pensar sobre o homem faz-me olhar para Ele sempre com mais perplexidade diante da inexplicabilidade e da grandeza de Seu amor. Esse amor paciente, benigno, que tudo suporta... incomparável... que continua investindo em nós, que não dá as costas, que nos cura e nos conserta, que dá esperança e consolação. O que faríamos sem ele? Pra onde iríamos distantes dele? Que Deus continue tendo misericórdia de nós!


"Pra onde tem ido o melhor de mim
Em que escondirijo está
Se tudo o que faço é tentar mover
O braço de Deus

Por meus interesses tristes e torpes
Entorpecendo meus sentidos
Favorecendo minhas escolhas más

Então, pra onde eu vou?
Me diz, pra onde eu vou?

Se eu quero é Deus na estante
Com os meus troféus
E tento achar na fé distante
Méritos pra ganhar Deus

Se eu quero é Deus na estante
Com os meus troféus
E tento achar na de um instante
Meios pra manipular Deus


Como que te prometo meu amor
Em troca de bênçaos e favor
Promessa que não posso cumprir
Com o coração em tudo o que eu pedi

Então, pra onde eu vou?
Me diz, pra onde eu vou?"

Banda Balido
http://palcomp3.com/balido/

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Me desculpe se eu não tenho as respostas
Tão sucintas, tão dispostas, tão suaves pra engolir
Sinceramente, eu não sei se o eu tenho a te dizer
É o que você quer saber ou te interessa escutar

Falo com tino, mas não oculto a verdade
E a verdade só é amiga de quem a ela trata bem
Pois conhecendo todo poder que nos incita
Ela perscruta nossas vidas e nos arranca o desdém

Oh, meu amigo, não contarei vitórias fáceis
Nem mostrarei atalhos ....
Pois esses são os que mais temo enfrentar

...


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Prismas

Como é fácil perder o foco. Sim, como é fácil encontrar desculpas e subterfúgios para justificar todas as mazelas que são consequências do simples fato de estarmos distantes de Deus.

Atribuímos a solidão à negligência de nossos amigos, atribuímos o vazio ao fato das circunstâncias não cooperarem para atingirmos nossos objetivos, atribuímos a insatisfação aos nossos próprios defeitos - o que nos leva a desenvolver um profundo senso de auto-piedade, diga-se de passagem.

No entanto, diante de tudo isso, se pararmos um pouco para pensar, a solução para o que realmente está errado conosco não pode ser encontrada nas pessoas ou nas circunstâncias ou em nós mesmos, mas no nosso relacionamento com Deus.

E por que isso? Porque quando estamos nEle, podemos enxergar todas as coisas sobre um novo prisma. Em apenas estarmos expostos a Sua graça e ao Seu amor as engrenagens que movimentam nossa alma passam a encaixar-se perfeitamente de modo a produzir uma santa sincronia entre nossa razão, emoções e vontade que resulta em paz no nosso interior.

É essa paz, essa certeza de que estamos seguros na veracidade das Suas eternas e imutáveis intenções para conosco que nos permite viver, sonhar, planejar, ansiar, que nos permite SER. 

Longe dEle, tudo o que vemos são nossas limitações, nossas incapacidades, nossa própria miséria. Sem Ele tudo o que enxergarmos é a indiferença dos outros, seus defeitos, suas decepções. Apartados dEle contemplamos as tragédias, pequenas ou grandes, que parecem sinalizar uma conspiração da vida contra nós.

Mas a grande questão a ser feita a nós mesmo é até quando queremos ser apenas esses covardes e fracos choromingando por tudo o que não temos e o que não somos ao invés de nos movermos na direção dAquele que  tem em si próprio TUDO o que precisamos para sermos plenos e realizados?

É claro que ainda haverão tristezas e descontentamentos durante a caminhada... lágrimas a serem derramadas, decepções a serem sofridas, mas a diferença marcante é que  quando se está conectado a Ele é possível perceber o Seu trabalhar para nos tornar a melhor versão possível de nós mesmos- eu nEle e Ele em mim. E esse aperfeiçoamento nos enche da esperança de que um dia finalmente seremos como também nosso Amado é e o conheceremos como por Ele somos conhecidos agora.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Tua companhia

http://palcomp3.com/balido/
http://www.myspace.com/bandabalido

"Enquanto eu for incompleto como sou
Por favor, não solte a minha mão
Sopra a direção, vem abrindo caminhos
Até meu coração saber que estás aqui

Nada de solidão agora,
Amo a Tua companhia
Deixa a confusão lá fora,
Vem raiar um novo dia

É, seria mais fácil se Te ver
Fosse coisa pra todo dia
Mas tem sido bom perceber
Que a luta se estende, se estende
Mas é possível vencer

Seria mais fácil se Te ver
Fosse coisa pra todo dia
Mas tem sido bom perceber
Que a luta se estende, se estende
E chega a hora de Te ver"

(Banda Balido)

Eu poderia falar tanto e tanto sobre essa música, mas deixo apenas que ela fale por si  mesma.