quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ziguezague

Onde está o erro, Deus?
Eu posso ver que há
Pensar no perfeito e entendê-Lo
É mais do que eu posso esperar

Mas se entender não é bem o ponto
E ao mesmo tempo um caminho é
Como saber se estou delirando
Ou se o que vejo é por meio da fé?

Como é que se explica a certeza
Daquilo que o olho não viu
E ao que se compara a grandeza
Do que se não pode medir?

Eu tenho os meus pensamentos
Mas não me fio só na razão
Em partes conheço o percurso
Em outras vou com o coração

2 comentários:

  1. Essa sua habilidade de se equilibrar sobre a corda que separa(?) dois mundos é admirável. A impressão que tenho é a de que não há dissociação entre sua fé e sua consciência. Nem cega nem empirista. E é muito bonito ver como isso se reflete na estrutura do texto, erigindo-o solidíssimo; fortemente harmônico. É empolgante ver o trabalho da mão por trás do poema, escolhendo as palavras certas e encaixando-as nos lugares exatos, como se montasse um mosaico, enquanto a corda vai ziguezagueando, alternando-se entre lados opostos que não se anulam: para lá, para cá, para lá, para cá, para lá...

    Beijos, Maíra. Parabéns por mais esse feito.

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  2. Brigada, Vinny. Seu comentário foi mais legal que minha poesia. Bjos.

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